JANEIRO ROXO! CAMPANHA NACIONAL DE LUTA CONTRA A HANSENÍASE
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, promove em todo o Estado a Campanha Nacional de Luta contra a Hanseníase. Em todo o país a campanha é conhecida como Janeiro Roxo.
A campanha visa conscientizar e fornecer informações detalhadas à população sobre os principais sinais da hanseníase, importância do diagnóstico precoce, formas de tratamento e prevenção de deformidades e incapacidades físicas.
Considerada a doença mais antiga da humanidade, a hanseníase, também é conhecida como lepra. Ela ainda representa um problema de saúde pública e um desafio a ser superado por gestores, pesquisadores, profissionais de saúde e população em geral, em função da alta prevalência e do preconceito que a envolve.
Em Goiás, a campanha é desenvolvida pela Coordenação de Doenças Negligenciadas da SES-GO. O MS segue a meta proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de eliminar a hanseníase no País, com o registro de menos de 1 caso para cada grupo de 10 mil habitantes.
NÚMEROS
Dados da OMS apontam que o Brasil é o país mais endêmico das Américas, reunindo 94% dos casos novos notificados e o segundo em número de casos no mundo, perdendo apenas para a Índia.
Em 2018, foram registrados 26.875 casos no Brasil. As regiões mais endêmicas são a Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Em Goiás, conforme notificações da SES-GO, foram diagnosticados 1.371 casos novos em 2018, indicando transmissão e manutenção da doença. Em 2019, foram notificados 974 casos novos. A taxa de prevalência no Estado em 2018 foi de 3,2 casos para cada grupo de 10 mil habitantes, caracterizada como parâmetro médio endêmico pela OMS.
A DOENÇA
A hanseníase tem tratamento e cura, com o uso de medicamentos fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso, o Brasil ainda se encontra inserido em um contexto de alta prevalência da doença.
MANIFESTAÇÕES NA PELE E NOS NERVOS
Doença infectocontagiosa e de evolução crônica, a hanseníase se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos, como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés. É transmitida pelo Micobacterium leprae, também conhecido como Bacilo de Hansen, por meio das vias aéreas superiores (fossas nasais, faringe e laringe), durante contato próximo e prolongado entre as pessoas.
TRATAMENTO
O diagnóstico e tratamento da hanseníase são oferecidos pela rede básica de saúde, por meio das unidades básicas de saúde, como Cais, Ciams e postos de saúde. O tratamento segue um esquema que utiliza vários medicamentos, de acordo com a forma clínica da doença. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado possibilitam a cura da hanseníase, sem deixar sequelas.
SINAIS DA HANSENÍASE
– Manchas claras, rosadas ou avermelhadas no corpo
– Diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio ou ao tato
– Caroços na pele
– Dormência
– Diminuição de força
– Inchaço nas mãos e nos pés
– Formigamentos ou sensação de choque nos braços e nas pernas
– Entupimento nasal
– Problema nos olhos
UNIDADES PARA TRATAMENTO
– O tratamento dos casos de hanseníase é feito nas unidades básicas de saúde existentes em todos os municípios goianos. Entre estas unidades estão os Postos de Saúde, Centros de Assistência Integral à Saúde (Cais) e Centros Integrados de Assistência Médico-Sanitária (Ciams)
– Os casos mais graves da doença são tratados no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás.
– O Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad, unidade da SES-GO, também atua como suporte, recebendo os casos de reações graves, que necessitam de internação.
Com informações: SES-GO.