OPOSIÇÃO E SINDICALISTAS DENUNCIAM ESTADO DE SÍTIO
Goianos que participaram do protesto, que reuniu 150 mil pessoas na capital federal, denunciam que a violência policial contra os manifestantes lembrou os métodos utilizados pela ditadura contra as marchas pelas Diretas Já em 1983, quando foi decretado Estado de Sítio no Distrito Federal.
Em 1983, uma semana antes da votação da emenda Dante de Oliveira, o general-presidente João Baptista Figueiredo decretou estado de emergência no Distrito Federal, em Goiânia e em nove municípios do entorno da capital do País. A medida teve como objetivo isolar Brasília, evitar manifestações pró-Diretas e intimidar o Congresso Nacional. O direito de reunião é suspenso e se estabelece a censura aos noticiários de rádio e TV.
Para o deputado federal Rubens Otoni (PT), que participou da manifestação, juntamente com outros parlamentares, das 11h até as 16h, o governo do presidente Temer namora com as mesmas táticas fascistas da ditadura. “Estamos sitiados na Câmara dos Deputados, onde o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), solicitou a presença da Força Nacional para impedir a entrada de manifestantes”, frisa.
Para Rubens Otoni, a manifestação seguiu pacífica o tempo todo, e se houve exarcebação, foi das forças policiais, que literalmente participaram para cima dos mamifestantes. Vice-presidenta da CUT-GO, Ieda Leal afirma que tudo correu bem até que a marcha se aproximou do Congresso Nacional: “Fomos recebidos com bombas, spray de pimenta, gás lacrimogênio e muita violência. A polícia agiu claramente para dispersar a marcha, impedindo cidadãos brasileiros de manifestarem contra a corrupção, contra um governo ilegítimo. O povo só quer uma coisa, que o presidente corrupto renuncie e que sejam decretas eleições gerais para presidente e para o Congresso Nacional”, afirma.
Rubens Otoni entende que, independente da repressão, a manifestação deu um claro recado para o governo, de que “o povo quer a renúncia de Temer e rejeita acordos de cúpula, exigindo eleições para presidência pelo voto direto”.
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Fonte: Jornal Diário da Manhã